1926 - Recife - PE
2008 - Rio de Janeiro - RJ
Mesmo consagrado e com várias exposições no Brasil e no exterior, continuou exercendo a função de carteiro nos Correios e Telégrafos até se aposentar.
Segundo a artista e curadora Tania Pedrosa, Gerson era considerado por Lucien Filkenstein (fundador do MIAN - RJ e maior colecionador Naïf do Brasil), como sendo umos maiores artistas dessa arte, tanto que sua obra "As mascaradas" (2000 - óleo sobre eucatex- 24,1 cm X 19,1 cm), foi a capa do álbum "BRASIL NAÏF - ARTE NAÏF: Testemunho e Patrimônio da Humanidade". Album, inclusive, que faz parte do nosso acervo.
"BRASIL NAÏF - ARTE NAÏF: Testemunho e Patrimônio da Humanidade". Autor: Lucien Filkenstein Editora: Novas Direções Ano: 2001 |
O pintor retratou principalmente figuras ímpares, urbanas, e os segmentos menos favorecidos da nossa sociedade.
O crítico e curador Geraldo Edson de Andrade fala sobre a arte de Gerson:
"Surpreende no artista o impressionismo de suas figuras urbanas, perplexas e satíricas, que provocam o espectador com olhos profundamente inquisidores, todavia fincadas no solo nordestino de onde provêm. Personagens de folguedos tradicionais, como Chegança ou Cavalhada, tanto podem ser integrantes de tradicional manifestação popular quanto falsos ditadores, bufões que ainda pululam pelo terceiro mundo. Gerson parece se divertir quando as pinta, mas a sua mensagem é a de um artista pasmado diante de seres como prostitutas, marinheiros e astronautas, todos tão puros ao seu olhar quanto os santos e beatos que povoam a religiosidade do povo, também temas freqüentes na sua obra".
Geraldo ainda cita o crítico José Roberto Teixeira Leite, em seu Dicionário Crítico da Pintura no Brasil:
“Gerson é pintor ingênuo, dos melhores, em verdade, do país. Sua pintura, que em grande parte consagra temas místicos, da religiosidade popular nordestina, exprime-se através de rigoroso desenho, com boa estruturação formal e realçada por sensível colorido”.
Fontes:
www.taniapedrosa.com.br
Gerson: um lírico entre envelopes - Geraldo Edson de Andrade
Veio para o Rio de Janeiro em 1946, onde fez concurso para os correios.
Sua pintura urbana retratava personagens marcantes, muitas vezes, estranhos seres de rostos atormentadores que vinham do seu mundo interior. Eram palhaços, mulatas, santos, marinheiros e mulheres que faziam parte dos seus sonhos.
Pintor e poeta, cada obra trazia no seu verso a intuição de suas frases poéticas.
Artista sério e meticuloso, às vezes humilde e orgulhoso.
Foi casado com a Elza O.S., grande artista naïf que também nos deixou uma ausência insubstituível.
Fez muitas exposições no Brasil e exterior. Na sua última individual, no Centro Cultural dos Correios, nos pareceu uma despedida, tamanho foi o sucesso do evento.
Por Berenic Fernandes
"Bloco dos Meninos no Maracatu"
Óleo s/ eucatex
40 x 60cm
Óleo s/ eucatex
40 x 60cm
Exposições Coletivas
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1959 - Macaé RJ - 2º Festival de Arte Moderna de Macaé, na ARCO/Escolinha de Arte de Macaé
1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna
1962 - Rio de Janeiro RJ - 11º Salão Nacional de Arte Moderna
1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna
1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna
1964 - Londres (Inglaterra) - Pintores Brasileiros, no Colégio Real de Londres
1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana
1965 - Rio de Janeiro RJ - 14º Salão Nacional de Arte Moderna
1965 - Europa - Itinerante Arte Brasileira Atual
1966 - Estados Unidos - Itinerante Arte da América Latina Desde a Independência
1966 - Moscou (União Soviética) - Doze Pintores Primitivos Brasileiros
1966 - Varsóvia (Polônia) - Doze Pintores Primitivos Brasileiros
1966 - Praga (República Tcheca) - Doze Pintores Primitivos Brasileiros
1966 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos, no Galeria Ibeu Copacabana
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas
1966 - Rio de Janeiro RJ - 15º Salão Nacional de Arte Moderna - isenção de júri
1967 - Rio de Janeiro RJ - 16º Salão Nacional de Arte Moderna
1967 - Madri (Espanha) - Primitivos Atuais da América
1967 - Rio de Janeiro RJ - 3º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lisboa (Portugal) - Lirismo Brasileiro
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1969 - Rio de Janeiro Rj - Gerson de Souza e Elsa O. S., na Galeria Cavilha
1969 - Guarujá SP - Gerson de Souza e Elsa O. S., na Galeria Antigonovo
1970 - Rio de Janeiro RJ - 19º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1970 - Santo André SP - 3º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1972 - Bratislava (Eslováquia) - Trienal de Arte Ingênua de Bratislava
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, no Galeria da Collectio
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - São Paulo SP - Festa de Cores, no Masp
1980 - Cidade do México (México) - Pintores Populares y 3 Grabadores de Brasil, no Instituto Nacional de Bellas Artes
1980 - São Paulo SP - Gente da Terra, no Paço das Artes
1982 - São Paulo SP - O Desenho na Linguagem Primitiva, no Paço das Artes
1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/PE
1994 - Piracicaba SP - 2ª Bienal Brasileira de Arte Naif, no Sesc/Piracicaba
1996 - Piracicaba SP - Bienal Naif do Brasil, no Sesc/Piracicaba
2002 - Piracicaba SP - 6ª Bienal Naifs do Brasil, no Sesc/Piracicaba
2002 - São Paulo SP - Santa Ingenuidade, no Unifieo
Fonte: Itaú Cultural
"A Chegada dos Anjos Redentores"
Óleo s/ eucatex
40 x 60cm
Óleo s/ eucatex
40 x 60cm
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