segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Adilsa Napolião


"Moro com meus filho e meu esposo, moro de aluguel, pinto quadros a semana toda, e os vendo na praça General Osório, que fica em ipanema."

Depoimento da artista

Artista Naif da Feira Hippie - Ipanema - RJ



Fonte: Perfil Picasa do Pintor

Josenildo Suassuna



Josenildo Suassuna Vaz.Catolé do Rocha-PB, 1970. Vive e trabalha em João Pessoa.

Pintor naif. Autodidata. Iniciou-se na arte através de um tio que pintava e, mais adiante, no ambiente de trabalho onde manteve contato com muitos artistas. Hoje a arte é a sua fonte de renda e trabalha numa pequena sala de sua casa, em João Pessoa. Participou de exposições coletivas pelo país, com destaque para várias edições da Bienal de Arte Naif (Sesc Piracicaba, São Paulo), em que já foi premiado. O seu tema preferido é o circo.

Fonte: //artesvisuaisparaiba.com.br


Jairo Arcoverde

"No meu trabalho, não existe uma preocupação com escolas, vanguardas e regionalismos, que se valem de uma temática alienada onde o que entra em jogo não é a qualidade inerente ao quadro mas, fatores como modismo, identificação com o trivial, sensualidade senil, maneirismo ultrapassado e outros fatores que diminuem a arte e facilitam um mercado inescrupuloso e mal informado.

Em minha obra existe uma preocupação com a cor, forma e equil=ibrio onde o tema fica em segundo plano e o desenho subordinado à cor (na pintura o desenho deve simplesmente ser suporte).

Quando pinto, o meu dia a dia é transposto para o quadro de maneira subjetiva e simbólica. A minha figuração é universal, não se detendo no particular, que considero enquanto pintura pobre e mesquinha."

Olinda, 30 de maio de 1979

Depoimento do pintor

Fonte: www.arteducacao.pro.br























(*) Foto do artista: www.leiaja.com

Ignacio da Nega


Os Barrigudinhos Nordestinos

"O pintor, assim como o poeta, precisa ver e rever aquilo que produz. Somente com esse esforço pode atingir uma obra de qualidade". Com esse pensamento na cabeça e muito talento para expressar formas e cores, Ignácio da Nega é mestre em passar às telas uma visão bem-humorada do folclore nordestino.

Pernambucano de Surubim, a 3 horas de Recife, onde nasceu em 1945, o artista, batizado como Inácio Ramos da Silva – o "g" incluído no nome é para dar charme às telas – começou sua atividade artística ajudando a mãe a decorar andores de procissões e a fazer flores de papel.

Aos 20 anos, ansioso por aventuras e uma profissão, Ignácio se mudou para São Paulo, onde desempenhou várias atividades. Nas horas vagas, fazia desenhos a lápis, mas sem ainda pensar em viver de pintar. Foi quando trabalhava como mensageiro entre as agências do Citibank que despertou definitivamente para a arte.

Em frente às diversas galerias que havia no centro velho de São Paulo no final dos anos 1960, começou a se informar sobre como podia desenvolver seu talento artístico como desenhista e colorista. Ao voltar para Pernambuco, em 1970, estudou na Escola de Belas Artes de Recife, conheceu o professor Alaerte Baudim e seu contato com a arte se estreita.

Estudando de dia e trabalhando à noite como copeiro em bares, hotéis e restaurantes, vive um dilema. À luz do dia, desenvolve a atividade que lhe dá satisfação, enquanto realiza, à noite, cansativas jornadas de trabalho que lhe garantem um sustento digno.

Em 1972, junto com outros alunos da Escola de Belas Artes, Ignácio participou de sua primeira coletiva, no Hotel Beira Mar, em Recife, durante três dias. Expôs então sua tela de estréia, pintada a óleo, técnica que utiliza até hoje, e recebeu os primeiros elogios, que se ampliaram ao mostrar seus trabalhos na exposição que inaugurou a Casa de Cultura de Olinda, em 1973, ocasião em que conseguiu vender seu primeiro quadro, uma paisagem da cidade pernambucana, a uma espanhola.


Mas Ignácio ainda tinha muito sonhos. E vencer em São Paulo era sua meta. Voltou à capital paulista em 1975 e fez um curso de garçom no Serviço Nacional do Comércio (Senac), conseguindo emprego em diversos lugares, como o requintado Dinhos’s Place. O problema é que, trabalhando muito, não sobrava tempo para pintar.

Isso gerava uma agonia, que só se dissolvia em contato com a classe artística paulista. Em meados dos anos 1970, na Praça da República, reduto dos artistas naïfs, Ignácio conheceu Iracema Arditi e Cassio M’Boy, que chama, respectivamente, de pai e mãe dos naïfs brasileiros.

Em 1980, Iracema o convidou para realizar uma exposição no Museu do Sol, em Penápolis, SP, propondo um desafio: pintar apenas telas sobre bois. O artista não se intimidou e fez 18 quadros sobre o tema, obtendo boa repercussão entre a crítica da época.

Nessa exposição, já passara a assinar os quadros como Ignácio da Nega, homenagem à mãe, Dona Josefa, falecida em 1979 e conhecida como Nega em seu ofício de decoradora e costureira. Nos anos 1980, com seu novo nome, viveu um bom período, trabalhando exclusivamente para a Galeria Seta, conduzida pelo conhecido marchand paulista Antonio Maluf.

Os temas do artista, até então, eram paisagens e prostitutas e homens em cabarés. Porém, ao começar a freqüentar a igreja evangélica em 1988, ano em que também passou a trabalhar como garçom no Palácio do Governo do Estado de São Paulo – emprego que manteve nos governos Fleury e Mário Covas, até 1996 – Ignácio deixou de lado esses temas, voltando-se para o folclore.

Começa então a pintar imagens de caboclinhos, bumba-meu-boi e outras figuras tradicionais nordestinas, principalmente em estruturas verticais, que configuram autênticas torres em que formas e cores interagem com precisão, articulando um universo de brasilidade, descontração e fantasia.

A partir de 1996, sempre inquieto, Ignácio da Nega, após observar o tipo físico dos nordestinos, introduziu uma marca registrada em seus quadros: começou a pintar seus personagens como barrigudinhos. Não se trata de gordinhos, como se encontra nas telas do colombiano Botero, mas sim de personagens bem nordestinos, com barriguinha saliente e bundinha empinada, fruto de muita comida, seja jaca, cuscuz ou outras iguarias regionais.

Admirador do francês Henri Rousseau, o mestre internacional dos naïfs; José Antônio da Silva, o maior naïf nacional; e Cássio M’Boy, infelizmente quase totalmente esquecido pela crítica de arte nacional, Ignácio da Nega pinta hoje feiras, marinheiros, temas folclóricos e damas sempre seguindo o preceito de que muito trabalho leva ao reconhecimento da crítica e do público.

Ao escolher um tema, pesquisa o assunto; tira fotos, se for possível; e realiza numerosos esboços até encontrar a composição que julga ideal. O desenho só ganha a tela quando isso acontece. Nesse momento, o colorista entra em ação, utilizando o pincel, esfumaçando as tintas e transmitindo dinamismo às imagens.

Para Ignácio, a sociedade vive hoje um momento de neurose. Avalia, portanto, que suas telas precisam transmitir movimento. Acredita que, se isso não acontece, quem vê o quadro pode se sentir incomodado. Ao pensar assim, busca imprimir vida aos seus trabalhos, sempre dentro da atmosfera romântica que caracteriza os naïfs de modo geral.

De fato, o naïf costuma buscar no passado suas origens e temas, sejam paisagens que brotam da infância ou recordações de tradições folclóricas. Ignácio da Nega, em especial, sabe que ao manter a ingenuidade na cor e nos desenhos, a sua arte cresce. Busca constantemente o equilíbrio de formas e cores, mas luta para que o conhecimento técnico não o domine, ciente de que aprender a pintar significa o fim da espontaneidade e do talento.

Suave e leve como a mais autêntica e ingênua literatura de cordel, a pintura de Ignácio da Nega merece romper as barreiras que as galerias impõem aos artistas ditos primitivos. Sua arte não é apenas para estrangeiro ver e seus temas, tipicamente nacionais, são a verdadeira poesia de um País que insiste em não valorizar os pintores naïfs como autênticas expressões da cultura nacional.

Oscar D’Ambrosio
O autor é jornalista, crítico de arte e autor de Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus (Editora UNESP, 1999).

Fonte: www.artcanal.com.br

Elza Oliveira Souza

Nasceu no Recife (PE), em 1928 e reside no Rio de Janeiro desde 1946. Elza foi bordadeira, estudou teatro e canto lírico. Em 1962 abandonou a sua profissão de cabelereira para se dedicar totalmente à pintura. Mencionada em várias publicações especializadas, a sua arte é reconhecida no Brasil e no exterior, facilmente identificada pelo lirismo com que retrata os anjos, os animais e principalmente as noivas.

















Fonte: //mulherespintoras.blogspot.com

Ernane Cortat


Várias pinturas do artista Ernane Cortat foram selecionadas pela UNICEF para os seus cartões.

"Eu me esforço para infundir minhas pinturas com alegria acima de tudo, o que pode ser visto através das cores escolhidas. Elas são o meu principal elemento de criação; para mim, uma cor possui pelo menos uma variação de quatro tons. O conteúdo do meu trabalho é quase sempre religioso. Sou católico e isso tem uma grande influência sobre a minha vida. Represento símbolos minuciosamente compostos por milhares de minúsculos pontos coloridos.



Fui criado em uma família de pintores e meu irmão, Sylvio Cortat, foi uma das pessoas que mais me influenciara. Mesmo Sylvio também desenvolveu obras de arte Naif, que foi em direção a tendências diferentes, e meu trabalho é muito diferente da dele. Foi ele quem me incentivou a começar a me dedicar mais à pintura, que só aconteceu quando eu me mudei para os EUA em 1984. Sou psicólogo e eu nunca deixei de ser um pintor-psicólogo.



Nos EUA, comecei a me sentir mais seguro sobre meu próprio trabalho e comecei a receber convites para exposições inúmeras. Conheci várias pessoas interessantes que enriqueceram o meu conhecimento das artes. Estou em contato constante com os mercados norte-americano e latino-americano, participando em exposições, embora continue a viver no Brasil".

Além de inúmeras exposições no Brasil, Cortat participou de mostras na Espanha, Itália, Colômbia, EUA, Chile, Trinidad e Tobago e Barbados.

Fonte: www.novica.com



 


 



José Augusto Silveira

[José Augusto Silveira]
Tutóia - MA (1954)
 

Nasceu em Tutóia (MA) e mudou-se para o Rio de Janeiro com apenas dois anos. Fez o seu primeiro curso de pintura aos sete anos no Museu de Arte Moderna (MAM) com o professor Ivan Serpa.

Teve grande influência de sua tia, a pintora Naif Elisa Silveira, e realiza trabalhos gráficos sobre papel e pinturas normalmente de tendência orgânica, com linhas sinuosas e cores primárias, como também tinta acrílica sobre tela.

'Pássaro-Rei', 2014
José Augusto Silveira
Acrílico sobre madeira



"Dança"
Fotogravura /Papel
41cm x 28cm
Série Limitada de 20 unidades (A Venda)
 
Assistindo José Augusto Silveira pintar um novo quadro, com esferográficas, canetas e lápis de várias cores e colorindo pequenos trechos fiados para preencher os espaços em branco entre as figuras, veio-me a expressão que possa representar seu estilo: “Tapeçaria esferográfica”.
 
 
"Fadas"
Fotogravura /Papel
41cm x 28cm
2012

 

Progressivamente, Zé Augusto vai preenchendo os espaços, determinando movimentos às cores com seu traçado curto e paralelo, crescendo calmamente a harmonia pictórica.



"Passarada 2"
Fotogravura /Papel
41cm x 28cm
2012
 
 
 
Passarada
Fotogravura /Papel
41cm x 28cm
2012


Em seu trabalho, tudo tem um caminho. As linhas de preenchimento vão seguindo para suas devidas direções, coordenadas e convergindo, todas para uma resultado final. Parece que o desencontro nunca existe e, de todas as direções e em todas as direções, as linhas partem e chegam a um comum-convergente de harmonia.
 
Texto: Álvaro Nassaralla
 




"Trombetas e Pássaros"
Fotogravura /Papel
41cm x 28cm

2012
Série Limitada de 20 unidades (A Venda)



  
 
 

Vídeo com o artista em ação