segunda-feira, 25 de março de 2013

Mais fotos da exposição "Naifs Brasileiros de Hoje

Ainda dá tempo de conferir a exposição "Naifs Brasileiros de Hoje", no Centro Cultural do Tribunal Regional do Trabalho (RJ) até o dia 01/abril/13, segunda que vem.

Na mostra, estão expostas telas de seis artistas radicados no Rio de Janeiro: Ana Camelo, Berenic, Dalvan S. Filho, Ermelinda, Helena Coelho e Helena C. Rodrigues



Ermelinda
"A mula sem cabeça"
Acrílica sobre tela
46 x 38 cm

Helena C. Rodrigues

Ana Camelo

Berenic

 

 
Texto e fotos: Álvaro Nassaralla

 

Serviço:

Centro cultural do Tribunal Regional do Trabalho

Av. Pres. Antônio Carlos, 251, Térreo - Centro - Rio de Janeiro

07 de março a 01 de abril/2013
Seg. a sexta das 10 às 17h.

terça-feira, 19 de março de 2013

Sérgio Pompêo

[Sérgio Pompêo de Pina Júnior]

17 de janeiro de 1980

Goiânia (Goiás)




Sérgio Pompêo faz parte do mundo naif contemporâneo em que os fundos não são chapados e, sim, tem tonalidades, sombras ou texturas.



"Sem título", 2012
Acrílica sobre tela
16 x 22 cm



Sem desmerecer o naif clássico, com menos variações de cores e fundos chapados, Sérgio é um bom representante da nova geração, trazendo muitos cores e tons, além de temas consagrados do naif como o nascimento de Jesus em "As Pastorinhas" (imagem abaixo), as festas religiosas e populares do nosso país, além de cenas cotidianas das cidades do interior.

 
"As Pastorinhas", 2011
Acrílica sobre tela
40 x 60 cm





"As Cavalhadas", 2011
Acrílica sobre tela
30 x 120 cm

Uma característica que chama a atenção em seu trabalho é o equilíbrio que consegue dentro das telas, 'jogando' com as imagens e cores bem distribuídas no espaço pintado. Um bom exemplo disso é a tela "Festa do Divino Espírito Santo" (imagem abaixo), onde consegue discorrer toda numa bela sequência entre festejos e cotidiano, vários momentos da vida no interior.


Ela começa (da esquerda para a direita) com camponeses simbolicamente cultivando a terra, segue com festas como a "Cavalhada", depois com uma série de festas religiosas dos lados e em frente à igreja e, finalmente, uma cena no campo com cavaleiros e uma casa de fazenda. Tudo isso, com duas linhas decorativas de bandeirinhas de fora a fora, na parte superior da tela.



"Festa do Divino Espírito Santo", 2010

Acrílica s/ tela
35 x 140 cm

O trabalho de Sérgio é descrito como meticuloso, com pequenas formas, ricas em detalhes e com um colorido chocante. Ele, também, diversifica técnicas e suportes, utilizando ora tintas acrílica ou óleo sobre tela, ora tinta PVA sobre objetos em madeira e cerâmica.




"Festa da Capela do Rio do Peixe. Em Louvor à Senhora Sant'Ana"
Acrílica sobre tela
40 x 60 cm

É muito prazeroso ver Pompêo, através de sua representação de uma nova geração do naif, recorrendo às temáticas tradicionais como o folclore e as festas regionais, como podemos ver nas telas abaixo sobre os festejos de Folia do Divino Espírito Santo e do Reinado de Nossa Senhora do Rosário. 



 
"Folia do Divino Espírito Santo", 2011
Acrílica sobre tela
40 x 60 cm



 
"Folia do Divino Espírito Santo", 2012
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm



"Reinado de Nossa Senhora do Rosário", 2010
Acrílica sobre tela
30 x 60 cm


Pompêo, que desde pequeno interessou-se por desenho, teve teve seu primeiro contato com tinta aos 18 anos, pintando peças artesanais em cerâmica e as vendendo em uma loja local. Ele diz que seus trabalhos são criados a partir de sua memória vivencial do artista e de sua interpretação acerca das questões de fé, tradição e costume. O seu estímulo criativo parte da visualidade e a estética dos festejos populares pirenopolinos.

"Piricirco. O circo de Pirenópolis", 2011
Acrílica sobre tela
50 x 50 cm
Em 1999, abriu seu próprio negócio e, na época, como ele mesmo reconhece, contava com pouco conhecimento em arte e sem técnica alguma. Expôs, então, algumas peças em cerâmica e madeira de diversos tamanhos, pintadas com tinta PVA.

Como todo artista naif, ingênuo no sentido da espontaneidade criativa (livre de conhecimentos acadêmicos), Sérgio Pompêo não sabia o que era arte naif. Apenas pintava o que lhe vinha. Justamente nessa oportunidade, teve um de seus trabalhos vendidos a um colecionador de arte Naïf. Foi o próprio colecionador quem lhe explicou o que significava esse tipo de arte e que seu trabalho se encontrava dentro dessa vertente artística.  



"O Encontro"
Acrílica sobre tela
30 x 90 cm

É curioso notar, que a pintor Ingressou no curso de Artes Visuais da UFG, em 2007. Mas mesmo entrando em contato com as influências da Arte Contemporânea, ele diz que não teve seus trabalhos nem seu estilo afetados. Talvez caiba aí, a máxima de que quanto mais aprendemos acerca de assuntos diversos, mais enriquecemos e consolidamos nossa identidade.


 
"Festa do Morro dos Pireneus", 2011
Acrílica sobre tela
20 x 30 cm


 
"Ponto de ônibus", 2008
PVA sobre tela
20 x 30 cm



Cronologia


Aos 05 anos de idade, muda-se de Goiânia (GO) para Pirenópolis (GO).

- Retornou-se a Goiânia para cursar Letras na UCG (1999).



Participou de uma mostra de arte e artesanato em Pirenópolis, promovida pela prefeitura local (2004).

Ingressou no curso de Artes Visuais da UFG (2007).
 
Participou de sua primeira exposição coletiva, "As Artes do Divino" - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Museu Edison Carneiro, Rio de Janeiro; e na Casa de Câmara e Cadeia de Pirenópolis, atual Museu do Divino. (2008) 

Voltou a morar em Pirenópolis, trancando o curso de Artes Visuais e dedicando-se exclusivamente à arte (2009).

Selecionado para a Bienal Naïfs do Brasil 2010, 10° Edição, SESC Piracicaba - São Paulo.

Selecionado, através de edital, para exposição individual no Museu de Arte de Goiânia (MAG) /Palácio da Cultura, Goiânia/GO, com o tema "Ao Divino Espírito Santo" (2011).

- Participou do "SLOW FILME", festival internacional de cinema e alimentação, 2ª Edição, com a mesma exposição, realizada no hall do Cine Pireneus, Pirenópolis/GO (2011).

- Ilustrou, com uma de suas obras, o "Calendário de Festas Tradicionais de Pirenópolis 2012", promovido pela Prefeitura de Pirenópolis/GO e pelo IPHAN (2012).


Participou da exposição coletiva de arte naïf, junto com os artistas pirenopolinos: Pérsio Forzani, Ita Pereira, José Inácio, Claudimar Pereira, na inauguração do Centro Cultural de Arte e Música "Ita e Alaor", em de Pirenópolis/GO (2012).


Texto: Álvaro Nassaralla
alvaronassaralla@gmail.com


Blog do artista:

sergiopompeoartenaif.blogspot.com.br/

sexta-feira, 8 de março de 2013

Exposição "Naifs Brasileiros de Hoje" no centro do Rio de Janeiro






Estive, ontem, cobrindo a abertura da exposição "Naifs Brasileiros de Hoje", no Centro Cultural do Tribunal Regional do Trabalho (RJ).
 
A mostra conta com a produção de seis artistas sediados no Rio de Janeiro:  Ana Camelo, Berenic, Dalvan S. Filho, Ermelinda, Helena Coelho e Helena C. Rodrigues
 
Posso dizer que é uma alegria ver artistas naïfs dessa qualidade atuando em nossa cidade, pintando não só o Rio de Janeiro como também, em alguns casos, suas terras natais!


Ainda, no caso da pintora Berenic, deixando bem claro que a brasilidade está na arte popular, na nossa cultura plural e na exuberânica e riqueza de nossa natureza (imagem abaixo).




Berenic
 

Ana Camelo traz um belo mosaico de formas arrendodadas com paisagens do Rio de Janeiro, mescladas com traços de nossa cultura e habitações populares, cercado por nossa fauna e flora. Uma rica síntese do que é ser carioca e ter orgulho disso.




Ana Camelo



A reconhecida Ermelinda de Almeida traz várias de nossas lendas e festas afro-cristãs como a do "Negrinho do pastoreio" (abaixo) , a "Mula sem cabeça", o "Boto cor de rosa", o "Bumba meu boi".




Ermelinda de Almeida
"Negrinho do pastoreio"
46 x 38 cm
Acrílica sobre tela




Ermelinda de Almeida
 
Helena Coelho dá o recado para o homem com sua obra "Os caçadores e a grande presa". Nela, vários animais são caçados e estão enjaulados, só que enjaulado também e de cabeça para baixo, está o homem.



Helena Coelho
"Os caçadores e a grande presa"
40 x 50 cm
Óleo sobre tela
 
Helena C. Rodrigues traz um belíssimo São Jorge com o Pão de açucar ao fundo, tudo bem iluminado pelo prata da lua cheia (abaixo).

Helena C. Rodrigues

 

Helena C. Rodrigues

 
Dalvan S. Filho gosta de pintar cenas cotidianas de multidões e de partidas de futebol. também é um excelente pintor de prédios históricos, mas deixo essa paisagem que retrata várias passagens bíblics reunidas.

 

Dalvan S. Filho
 

 
Vale a pena conferir!
 
Texto e fotos: Álvaro Nassaralla
 
 
Serviço:

Centro cultural do Tribunal Regional do Trabalho

Av. Pres. Antônio Carlos, 251, Térreo - Centro - Rio de Janeiro

07 de março a 01 de abril/2013
Seg. a sexta das 10 às 17h.
 
 

sábado, 2 de março de 2013

Maria Tereza Braz


Maria Tereza Braz
Portugal, 1950

 

Depois de 13 anos de trabalho na Comunicação Social como documentalista surge algo que altera totalmente a vida de Maria Tereza Braz: a pintura naif. Foi um tempo de renascimento para a artista e ela mesma diz:

“A pintura sempre foi uma arte que me apaixonou e em 1999, no meio de uma desistência, descobri essa mesma arte. No meio da catástrofe resolvi fazer experiência . . . Surge o primeiro quadro e depois foi despertar! Descobrir! Tentar”!


"Campus"
40 x 50 cm

Como dita o costume da arte naif, aventurou-se em tentativas, erros, acertos, sem qualquer apoio técnico.



'5a. feira'
40 X 70cm

Trafega tranquilamente entre o naïf tradicional e o contemporâneo, principalmente no que tange às cores. Maria Tereza usa cores primárias e chapadas quando quer, mas também pinta céus complexos e profundos, no bom sentido, valendo-se de tonalidade do azul como uma doce tarde de sol parece pedir.


"Fado"
30 x 40 cm

Autodidata ao extremo, Maria Tereza pode ser considerada uma artista inquieta, sempre busca se recriar, inclusive desenvolvendo técnicas próprias, originais, como ele mesma fala: “Tenho feito inúmeros quadros, pintura acrílica com pauzinhos e fundos espatulados”.

Texto: Álvaro Nassaralla


"Frida"
25 x 37 cm
 
"Casa"
40 x 40 cm

Criatividade inquieta
Por Oscar D´Ambrosio

A arte chamada naïf, geralmente ligada a artistas autodidatas, tem como grande dificuldade o fato de fugir de qualificações simples. Pela razão de englobar diversas manifestações, acaba gerando discussões conceituais estéreis que, muitas vezes, retiram o foco daquilo que é mais importante, a obra em si mesma.



As pinturas em tinta acrílica da artista autodidata portuguesa Maria Tereza Braz, principalmente quando se debruçam sobre o universo rural e sobre alguns personagens típicos, como um casal dançando em uma praça ou uma cantora de fado próxima a um músico, oferecem um exemplo de instauração de uma pessoal relação com o espaço.

Há a busca de composições nas quais expressa sua forma de conceber situações geralmente criadas a partir de um cotidiano possível. Nesse sentido, destaca-se a maneira de colocar a lua e o sol em situações não-realistas, mas plenas de significado estético. Evidencia-se que o fundamental não é a cópia da realidade, mas a sua interpretação.


"Leite" (Milk)
27 x 35 cm

Uma característica da artista está na autenticidade daquilo que apresenta. Suas pinturas são uma sincera caminhada dentro de uma visão peculiar de mundo. A forma de estabelecer elos entre as figuras revela criatividade, na busca das soluções, e inquietação, na procura de alternativas visuais, qualidades essenciais na arte.



"Liberdade" (Liberty)
29 X 25 cm

             
"Liberdade" (Liberty)
50 x 70 cm

Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA- Seção Brasil).

Fonte: Maria Tereza Braz


"Alentejo"
Menção Honrosa




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Blog da Maria Tereza:
nobru1996.blogspot.com



"Meu girassol"
30 X 80 cm