terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Acrilex e o Manual do Educador

Capa do Manual para
Educadores
nº 1 da Acrilex

Já temos um grande consenso, atualmente, de que a arte e a educação devem "caminhar de mão dadas". Mas daí a colocar em prática, "são outros quinhentos".

Sem querer discutir aqui as prováveis causas para essa dificuldade
(como, por exemplo, falta de incentivo e remuneração adequada para os professores, programas curriculares defasados e etc), vamos mostrar a iniciativa de uma empresa que está fazendo por onde.

A Acrilex, fabricante de tintas e materiais para pintura profissionais infantis, promove a bela iniciativa de integrar a arte à educação através da publicação em seu site de uma página com diversos manuais para o professor.

Atividade proposta para o Dia do Índio

Manual do educador, que já está na quarta edição, vai muito além de orientar o educador a 'colorir dentro das linhas'. Ele mostra e provoca a atitude criativa. Inspira e mostra atividades simples e efetivas, além de propor questões para debates pós-atividades.

O mais importante: os manuais evitam propor fórmulas prontas. Eles, sim, alicerçam o educador com ferramentas para que esse possa motivar e conduzir seus alunos na descoberta de seus próprios potenciais criativos, ao mesmo tempo em que lhes apresenta temas das mais variadas categorias do conhecimento. Tudo isso, de uma forma integrada com as atividades e questionamentos propostos no manual.


Vou deixar um link direto para um dos manuais: Manual do Educador Nº1.


E aqui o link para a página da Acrilex com todos os manuais para baixar gratuitamente, artigos de arte-educação, dicas de atividades artísticas para datas comemorativas e muito mais: Acrilex Ecucadores Nº28.


Página Acrilex Educadores Nº 28


Texto e postagem: ÁlvaroNassaralla
alvaronassaralla@gmail.com

sábado, 30 de novembro de 2013

Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino e um pintor da paz


Estamos preparando uma postagem sobre o pintor naif, Sliman Mansour, que nasceu na cidade de Birzeit, Palestina, em 1947.

Como ontem, dia 29 de novembro, foi o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, vamos antecipar e falar um pouquinho do artista e de seu povo. 


A Agência de Socorro e Trabalho das Nações
Unidas
(UNRWA) digitalizou toda a experiência palestina dos refugiados expulsos de suas terras durante décadas.
Fonte: http://www.unrwa.org

A data comemorativa de solidariedade foi instituída pela ONU com a finalidade de lembrar a aprovação da Resolução 181, que definia a partilha da antiga palestina em duas: uma para os palestinos (árabes) – em laranja – e outra para os judeus – em azul. A imagem, retirada da Wikipedia, mostra como foi feita a partilha em 1947.


Imagem: Wikipedia


Hoje, através de sucessivas invasões dos territórios palestinos e expulsões das pessoas de suas propriedades, o governo de Israel ampliou seu território a quase totalidade do que ainda existia da Palestina. 

Além de todos os abusos físicos e morais que Israel pratica contra essa população, de forma semelhante ao regime segregacionista chamado Apartheid, na África do Sul, a expansão criminosa do território israelense continua. 

Veja, na imagem abaixo, como os territórios foram roubados por Israel através dos anos.


Mapa da palestina antes e depois da ocupação israelense.
Esta sequência do mapa da Palestina mostra a evolução da ocupação israelense do território palestino a partir de 1946.
A área verde representa a população palestina e a área
branca a população israelense.

Fonte: Liberdade Palestina

Na imagem um pouco mais abaixo, vemos claramente a posição de Resistência pacífica do artista Sliman Mansour contra a ocupação ilegal de Israel sobre os territórios palestinos.

A imagem mostra três pessoas sob uma pomba branca da paz e, ao fundo, homens carregando toras de madeira, e outras pessoas amordaçadas ou com os olhos vendados. Essa cena faz referência à condição de semi-escravização do povo palestino e toda uma sorte de abusos e assassinatos que as forças militares de Israel praticam.

Sliman Mansour
'Perseverança e esperança'
, 1976
(Perseverance and hope)



Veja mais sobre a questão Palestina-Israel no blog do Miro. É um artigo muito bem escrito e imparcial, furando o bloqueio da censura dos grandes grupos de mídia. Em um trecho, ele diz: "A autodeterminação, a representação dos palestinos no cenário internacional, a cidadania, a definição territorial e a contínua violação dos direitos humanos e do direito humanitário". Veja o texto completo: Blog do Miro.


Peco licença aos amantes da arte naif para deixar o poema que escrevi esse mês em referência a essa nobre causa:

POMAR DE LUAS NOVAS


Luarada:
cargas passam
e oriente desde já.

Para que confessar o que já está tão acordado?

Somos os derrubadores de paredes,
os sinos dobrados anunciando passarinhos.

Morar no mundo é como bater asas de cristal
onde as telas mais belas,
o deserto faz ao entardecer.

E quando a lua sobe e refresca
os olhos com seus cavalos de brilho,
e os lábios da fêmea
com pequenas palavras do gosto do damasco vêm nos acariciar,
é que podemos ser livres e caminhar na cidade abundante do instinto:
lastro de ouro passará à tramas laminadas de orvalho.

Lua
luaradara encaminhando o novo mundo
que pede à justiça, o argumento igualitário
arrombando portas,
o que de saída a bússola não mostra.

Somente o luaradaral,
pomar de luas novas, brotará contra
as farsas e dará ao homem que toma, sementes
de vento e de romã morena,
para que ele, em sua sede, horizontado
de ganâncias,
possa cair por si mesmo:
porque se ele aniquila a quem também ele mesmo explora,
só restará explorar a si, moto contínuo
até sumir inteiramente.

Mas pior do que o homem que toma,
muito pior, e como coiote à espreita da carniça,
é aquele homem que, entre nós, por pura covardia,
justifica e defende o homem que toma…

Luaradaral, luaradaral!
Pomar de luas novas!
Dois pesos e duas medidas,
isso um dia vai acabar.

Luaradaral, luaradaral!
Pomar de luas novas!
Quem defende o homem que toma
vai cair na própria armadilha.

Luaradaral, luaradaral!
Pomar de luas novas!
Fanfarreie homem que defende o homem que toma:
as  luas novas já estão por aí!

As novas luas!


06/nov/13

Álvaro Nassaralla



Wikipedia: Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino 


Para doar Agência de Socorro e Trabalho das Nações Unidas (UNRWA) em seus vários programas de apoio e socorro: 
http://www.unrwa.org/donate


Texto e postagem: Álvaro Nassaralla
alvaronassaralla@gmail.com

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Natal e a cadeira pantaneira


Natal chegando e a busca por presentes originais aumenta.

Falando nisso, recebemos a foto de uma cadeira que o mato-grossense-do-sul Valques Rodrigues acabou de pintar.




É o que podemos chamar de uma cadeira tipicamente pantaneira, com várias espécies de peixes da região, além de girassóis.

Valques é filho de outro premiadíssimo artista naif: Nilson Pimenta.

Abaixo, uma bela obra que Valques nos enviou para deixar claro os recursos líricos do pintor, inclusive, tendo desenvolvido um estilo muito rico em detalhes e formas humanas realmente libertadoras. Formas humanos que negam qualquer regra anatômica dos membros do corpo.




Fica a dica, lembrando que a arte é uma das maneiras mais poderosas e ricas de se presentear a quem se gosta.

Conheça o perfil completo de Valques Rodrigues.

Conheça, também, o perfil de Nilson Pimenta.

Texto e postagem: ÁlvaroNassaralla
alvaronassaralla@gmail.com

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Bill Traylor e o American Museum of Folk Art






Fachada do Museum of American Folk Art
Av. Broadway, Manhattan, Nova York (EUA)
Foto: Álvaro Nassaralla

Nós, do IIAN, estivemos em setembro último no Museum of American Folk Art (Museu Norte-Americano de Arte Folclórica), em Nova York. Infelizmente, só tivemos aceso à loja do museu, já que a última exposição havia encerrado naquela semana e estavam remanejando o local para receber a próxima atração.


O trabalho do artista que ficou exposto até o dia 22 de setembro/2013 é, talvez, do maior ícone da arte popular (folk) dos Estados Unidos. Seu nome é Bill Traylor. Filho de escravos, após a emancipação viveu com sua família na mesma plantação no Alabama até 1930. Começou a pintar aos 85 anos de idade e viveu até os 95 (1854 – 1949). Entre primitivo e naif, Traylor será tema de um próximo post.


Segundo o site do Museum of American Folk Art a exposição incluía 63 desenhos e pinturas do artista auto-didata nascido no Alabama: "Traylor começou a fazer arte próximo do final de sua vida, e seus trabalhos são notáveis pela forma e contornos planos, simples e definidos, e composições vibrantes nas quais as memórias e observações relativas à vida afro-americana são mescladas. Traylor é reconhecido como um dos melhores artistas do século 20". 

O livro de reproduções da obra do artista (imagem abaixo) estava a venda na loja do museu. Clique no título para comprar o livro. Você vai ser redirecionado para o site do museu: Bill Traylor: Postcard Book.


Bill Traylor: Postcard Book
Publicado por Artpost, Estados Unidos, 2000

O cartão de visitas do museu, que peguei para manter contato com o simpático staff do museu, tinha a reprodução de uma obra naïf no seu verso. A obra é "Situação da América", datada de 1848 (imagem abaixo), que mostra um navio a vapor atracado em um porto onde diversas cargas e também uma âncora estão dispostas pela doca.


"Situação da América", 1948
Verso do cartão de visitas do
Museum of American Folk Art


Site do museu: www.folkartmuseum.org/


Texto: Álvaro Nassaralla

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Samico


Gilvan Samico
Foto: Nordesteweb
[Gilvan José de Meira Lins Samico]
Recife, 15 de junho de 1928
Reside e trabalha na cidade de Olinda (PE)


Samico é um artista que considera a importância da evolução constante da técnica e seus produtos de arte. Começou com a xilogravura de aspecto tradicional, onde as figuras relativamente simples compunham uma cena, muitas vezes sobre o fundo branco.




Gilvan Samico
Xilogravura
Fonte:  40forever


Nascido em Recife, transferiu-se para São Paulo em 1957, ainda com poucos conhecimentos gráficos, para estudar com Lívio Abramo. No ano seguinte, continuando sua bisca por aprendizado, vai para o Rio de Janeiro estudar na Escola Nacional de Belas Artes, no curso livre de gravura, com Oswaldo Goeldi.
 
Xilogravura
Foto: João Liberato / Divulgação


Xilogravura
Foto: João Liberato / Divulgação



Antes disso, aos 17 anos, começou a se interessar por desenhos ao se deparar com um livro de ilustrações das celebridades hollywodianas do pós-guerra. Aquelas imagens dos artistas famosos que ele assistia no cinema, despertaram-no a vontade de desenhar, copiando as ilustrações que via.


'Criação – O sol, a lua e as estrelas'
Xilogravura
Foto: João Liberato / Divulgação
Fonte: Bolsa de Arte
 

Hoje, Samico produz apenas uma ou duas peças por ano, já que o xilogravador pernambucano estende-se por ricas e detalhadas pesquisas para a realização de cada obra. Dessa forma, aspectos mitológicos são pesquisados de forma profunda, o que permite a criação de obras-primas universais.


'Via-Láctea – Constelação da serpente'
Xilogravura
Foto: João Liberato / Divulgação

Fonte: http://br.blouinartinfo.com/



'Tentação de Santo Antônio', 1962
xilogravura
34 x 45 cm
Acervo Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife
Foto: Breno Laprovítera
Fonte: Museu Maria Antônia

 


Mas Samico, assim como a arte da xilogravura, evoluíram muito com os anos. Suas obras chegaram ao status de verdadeiras composições de uma mitologia quase épica, muitas vezes montando quadros dentro de outros quadros. como podemos ver na imagem abaixo.



Xilogravura
Fonte: 40forever
 

Texto e postagem: Álvaro Nassaralla
alvaronassaralla@gmail.com



Estadão:
Mostra reúne gravuras de Gilvan Samico - Artista que une histórias ancestrais com cultura popular está entre os grandes gravadores do País

 

sábado, 12 de outubro de 2013

Nossa Senhora da Aparecida na pedra do fundo do riacho


Em cartaz até 15 de dezembro de 2013, a exposição 'Cores de Minas: A Arte Naïf de Francisco Severino' traz uma agradável surpresa. Além das telas, o pintor naif traz pedras de fundo de riacho pintadas e o destaque fica para a Nossa Senhora de Aparecida, santa aliás que é comemorada no dia de hoje.


'Nossa Senhora de Aparecida'
Acrílica sobre pedra de fundo de riacho
Foto: Álvaro Nassaralla


Outra bela peça em pedra está abaixo e traz uma paisagem com muitas árvores coloridas cortada pelo rio.


Acrílica sobre pedra de fundo de riacho
Foto: Álvaro Nassaralla
 

'O trem de ferro', 2008
80 x 50 cm
Foto: Álvaro Nassaralla


Veja cobertura da expo:
Cores de Minas: A Arte Naïf de Francisco Severino

 
Veja mais sobre: Francisco Severino
 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ivanilde Gallo doa peça para nosso Acervo



Ivanilde Gallo é uma artista naif que trabalha com materiais que a natureza descarta. Portanto, pode ser considerada uma artista sustentável em sua essência.

Temos orgulho de contar, agora, com uma de suas peças em nosso acervo (imagem abaixo).

 
"Girassóis na Serra"
Acrílica sobre folha de palmeira
83 cm de altura
 
Gallo é uma artista natural de Teresópolis, cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro, simbolizada pelo belo Pico Dedo de Deus, o qual a artista quase sempre retrata em seus trabalhos.



Ivanilde Gallo

 
Oficinas de arte natural em escolas e no Sesc



Mais informações sobre sua arte nos links abaixo:




Conheça mais de 130 artistas naifs contemporâneos
resenhados por nós, clicando no botão:

 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Cores de Minas: Francisco Severino expõe no Espaço Furnas no Rio

Com quase quarenta anos dedicados a arte naif, Francisco Severino abre sua nova exposição chamada 'Cores de Minas' no Espaço Furnas Cultural (RJ).
 

O artista expõe vinte telas, além de pedras de fundo de rio pintadas com suas paisagens do interior do país.


Natural de Descoberto (MG), cidadezinha próxima a São João de Nepomuceno, região de Juiz de Fora e Zona da Mata, ganhou reconhecimento internacional participando de coletivas em países de todo o mundo.
 

'Cavalo Baio', 2009
80 x 60 cm
Foto: Álvaro Nassaralla

Estivemos cobrindo a exposição e vamos postando no correr da semana mais novidades.
 

SERVIÇO

Cores de Minas: A Arte Naïf de Francisco Severino

Espaço Furnas Cultural

Terças às sextas, das 14h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.

De 27/09 a 15/12/2013

Rua Real Grandeza, 219 - Botafogo - Rio de Janeiro, RJ

Tels. (21) 2528-3634 / 2528-4334

 


Mais sobre o artista: Francisco Severino

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

R.N. Schachter: O Pintor de Santos da Rua Royal (New Orleans)

Santa Terezinha do Menino Jesus
 ou Santa Tereza de Lisieux
Marcador laminado
3 "x 6"


A imagem ao lado é um marcador de livro, laminado, com a Santa Terezinha do Menino Jesus, ou Santa Tereza de Lisieux ou, ainda, 'santinha das rosas'.

Nós, do Instituto Internacional de Arte Naif, estivemos em New Orleans (Estados Unidos) em setembro último, e nos deparamos com o artista R.N. Schachter vendendo telas e sua coleção de marcadores ilustrados com santos católicos. Trouxemos o exemplar ao lado.  

Para quem prefere acreditar em coincidências, quando chegamos ao Brasil fomos conferir o site do artista e lá encontramos todos os santos da série (e são em 180), entretanto, o destaque fica para a santa de nossa devoção. Schachter explica por que:

"O nome de domínio do site, 'Meu pequeno site de santos" (My little Site of Saints), foi inspirado por Santa Teresa de Lisieux, 'A Pequena Flor', que falou de seu 'pequenino caminho' de encontrar o amor nas coisas cotidianas".

O artista ainda diz que este é verdadeiramente um projeto de amor e que tudo começou no verão de 1991.
  
São Benedito

 
São Jorge


  

Tudo começou no verão de 1991

A inspiração pode vir de estranhos caminhos, caminhos antes impossíveis de serem imaginados pelo artista. Apenas quando a ideia se concretiza é que começamos a entender.

Assim aconteceu com o americano R.N. Schachter, como ele mesmo conta em seu site. O artista estava vendendo seus trabalhos nas ruas de New Orleans, mais precisamente na esquina da Royal Street com a Pirates Alley, bem no coração do famoso bairro histórico de French Quarter.


Essa localização o coloca exatamente atrás da Catedral de St. Louis. Foi quando num dia qualquer, vivendo em uma cidade cheia de santos católicos e de outras religiões, uma cidade realmente muito espiritual, ele teve a ideia de pintar séries de ícones católicos.

Schachter continua dizendo que, sendo de origem judia, pouco sabia do assunto. Então, pesquisou na biblioteca municipal e descobriu que existiam correlações entre os santos e as profissões humanas. Dessa forma, passou a pintar e comercializar.

Atrás de cada marcador de livro existe a história do santo, com os milagres realizados, características e data comemorativa.



Ele assina abaixo de seu nome como o "Pintor de Santos da Rua Royal" (The Saint Painter of Royal Street).


Site para compra de santos da coleção:
 
 
Conheça a história da Royal Street.
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ivanilde Gallo: Oficinas de arte natural com materiais que a natureza descarta

 

 
Ivanilde Gallo
Quadro feito com sementes e galhos secos
 

Ivanilde Gallo é uma artista ecologicamente correta enquanto faz sua arte. Ele se vale de materiais que a natureza descarta para compor suas exuberantes criações.

Ivanilde Gallo
Tucano de pinha


Já fizemos um post com o perfil completo de Gallo e agora temos o prazer de apresentar seu trabalho de oficinas de arte natural, onde ela pode espalhar a mensagem ambiental e de como podemos cada vez mais ser ecologicamente responsáveis em nossas vidas.


Oficina com pássaros e sementes
Sesc / Teresópolis


Mas sua mensagem vai mais adiante. Ivanilde leva
para os mais diversos públicos - desde crianças à melhor idade - a ideia da arte como algo que pode estar presente em nosso dia-a-dia e, também, de poder ver a natureza como sábia provedora de vida e materiais.

Sua parceria com o Sesc, que proporciona oficinas naturais a diversas escolas da região de Teresópolis (RJ), começou quando a artista gravou todo o seu trabalho num DVD e levou até a recepção. Ivanilde foi imediatamente dirigida para a secretária e na mesma hora já foram agendadas três oficinas na Semana de Museus. Elas foram realizadas no Museu Histórico José Francisco Lippi, conforme mostram a imagem abaixo.



Oficina de pássaros feita com
pinha na semana de museus
Museu José Francisco Lippi
Teresópolis - RJ


Ivanilde nos disse que está trabalhando em parceria com o Sesc na área de reciclagem com a Eco-Escola e Meio Ambiente.

A seguir, vemos mais imagens da parceria entre a artista e o Sesc-Rio.


Cascas de sementes
Oficina de arte natural em escolas,
parceria com o Sesc Rio
http://www.sescrio.org.br/unidades/sesc-teresopolis



 


 



 


O trabalho de Ivanilde também tem a função de despertar (ou aguçar) o senso estético nas crianças. Segundo suas próprias palavras, ela conta que não teve essa oportunidade quando criança:

"Primeiro porque no lugar em que fui criada, ninguém falava de arte. Mas parece que eu já tinha a arte no meu DNA, pois quando a professora passava uma matéria para mim, eu desenhava o que lia por mais estranho que pudesse me parecer naquela época".


Além da escolas, suas oficinas já chegaram nos famosos e acolhedores hotéis da região. Por exemplo, as imagens abaixo são de uma oficina no Hotel Rosa dos Ventos, em Teresópolis.



Oficina de arte natural com cascas de
sementes, sementes e madeira reciclada




Folha de bambu usada como tela


 
Folhas de bambu elaboradas pela artista
para os alunos pintarem
 
 
 
Acrílica sobre folha de bambu
 

Com toda a sua dedicação à arte, Ivanilde conta que seu maior trabalho é reunir materiais para oficinas e que aproveita as férias escolares para armazenar matéria-prima, ou seja, o que é descartado pela natureza.

Agradecemos a confiança da artista em nos ceder material e testemunhal de como nosso post anterior lhe trouxe novas conquistas. Ivanilde Gallo nos disse conseguiu portas abertas nas páginas internacionais de arte naif, convite para exposições na Itália e em São Paulo, convites para fazer oficinas de arte natural em empresas, convite para o Museu do Futuro (Eco Museu - Som - Imagem - Conhecimento).



Texto e postagem: Álvaro Nassaralla
alvaronassaralla@gmail.com



Conheça o perfil completo da artista clicando no botão:




Conheça mais de 130 artistas naifs contemporâneos: