sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Gerardo da Silva

[Gerardo Domingos da Silva]
Ceará, 1972



"A concentração do galo"
Fonte: http://meadd.com/gerardodasilva/profile



Gerardo da Silva nasceu no Acre mas logo sua mãe, Chica, também pintora, transferiu-se para Fortaleza (CE). Assim, criou-se a oportunidade da criança crescer na companhia de seu avô, Chico da Silva (1912-1985), considerado como um dos maiores pintores naifs do Brasil.


Com a influência e grande incentivo do avô, Gerardo passou a pintar animais imaginários aos nove anos de idade. Daí em diante, prosseguiu no aperfeiçoamento de sua arte até que foi premiado com o primeiro lugar na Bienal Naïf do Brasil em 2004 (Piracicaba).



"O dragão marinho"
Fonte: http://meadd.com/gerardodasilva/profile


Segundo a curadoria do
Espaço Cultural Caso do Lago (UNICAMP):

"(...) Alguns desses seres são lembranças da infância dos animais criados pela família: pavões, faisões, cobras, gatos e tatus. Naquela época despertavam sentimentos de pavor, mas hoje, repousam reconciliados em seus trabalhos".


"A casa da Maria Célia"
Fonte: http://meadd.com/gerardodasilva/profile

Incentivado pelos cantores Belchior e Fagner, mudou-se para Campinas em busca de maior projeção para o seu trabalho, como seu avô já havia. No entanto, segundo
Maria Alice da Cruz, no site da Unicamp, o pintor encontrou-se em dificuldades:

"(...) ao mesmo tempo que conseguiu a projeção almejada e merecida, constatou que no Ceará era mais fácil sobreviver de arte. Procurou um emprego de produtor de cadeiras de plástico, no qual trabalha das 6 às 14h15, o que o permite dedicar-se à pintura o restante do dia. (...) Já participou de diversos outros salões entre eles o de Portugal, país onde morou por um ano".


Foto: Divulgação

Gerardo ainda disse à Maria Alice Cruz: "O primitivismo foi quase imposto pelo meu avô, mas descobri minha própria identidade com a Naif e comecei a privilegiar elementos de minha infância".

O pintor, escreveu Márcia H. C. Ramos para o Instituto de Pesquisas Evoltuivas - IPE, "tem admiradores inusitados, como o artista americano Silvestre Stalone e o cantor brasileiro Falcão, além de Belchior, Fagner e o pintor Aldemir Martins. Suas obras podem ser admiradas no Centro de Convivência em Campinas, nas feiras realizadas aos finais de semana".

Nesse meio tempo, em 2007, expôs suas obras na França em homenagem aos 100 anos do avô, Chico da Silva. Depois levou a exposição comemorativa pelo Brasil.

Texto: Álvaro Nassaralla



Foto: Divulgação


Fontes:

Espaço Cultural Caso do Lago (UNICAMP)

Gerardo da Silva traduz o Ceará na França, no Brasil e na Unicamp - Maria Alice Cruz - Unicamp

Márcia H. C. Ramos para o Instituto de Pesquisas Evoltuivas - IPE
 

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