Este genial autodidata, conhecido como "Le Douanier", foi o único pintor de estilo naïf que conseguiu exercer influência sobre estilos posteriores, como o surrealismo e o simbolismo.
Sua obra foi objeto, a princípio, de escárnio generalizado, devido ao estilo infantil e ingênuo.
No entanto, Rousseau manteve presença constante no Salon des Indépendents, exposição fundada em 1884 e que não estava sujeita ao julgamento de um júri. Pintava de modo intuitivo, sem preocupações teóricas, movido apenas por um objetivo concreto: reproduzir na tela a realidade circundante com a maior fidelidade possível.
Renunciou, contudo, à perspectiva linear da arte clássica, que não dominava completamente, e conferiu à realidade uma aparência onírica.
Funcionário da alfândega em Paris, Rousseau aposentou-se aos 49 anos para poder consagrar sua velhice à pintura. Pintou nessa fase, que se prolongou até o final do século XIX, obras como Uma Tarde de Carnaval (1886), Eu Mesmo, Paisagem-Retrato (1890) e A Guerra, tema pouco comum na trajetória de "Le Douanier" e que despertou o interesse do público. Com suas pinturas inspiradas na selva, entre as quais O Lobo Faminto (1904), apresentada no Salão de Outono de Paris em 1905, alcançou o reconhecimento. Outras de suas obras principais são A Cigana Adormecida (1905), A Encantadora de Serpentes e O Sonho (1910).
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