Iza do Amparo é mais uma artista naif que busca expressar sua arte abrindo novas fronteiras, mostrando seu lado mais experimental e conceitual. A artista também desenvolve trabalho de estamparia e padronagens para utilitários do lar.
Iza pinta telas com acrílico (além de colagem e pintura acrílica sobre tela), utiliza a técnica Batik (se assemelha a um carimbo) em tecidos e, ainda, peças para utilitários e de decoração como jogos americanos, toalhas, etc.
________________________________________________
Há 30 anos, o casarão de número 159 da Rua do Amparo passou a abrigar o ateliê de Maria Luíza Mendes Lins, que veio a se tornar uma das artistas mais queridas de Olinda.
Naquele tempo, aquele quadrante era um reduto para os que buscavam nas ladeiras o antídoto para os desvarios da ditadura militar. Os vastos quintais, sem a atual divisão por muros, eram explorados pelos filhos, Paulinho e Catarina.
Por volta de 1990, Maria Luíza passa a assinar como Iza do Amparo, nome com o qual se estabeleceu no circuito artístico da cidade. Ao longo dos anos, seu ateliê se tornou referência, atraindo artistas e turistas do mundo todo.
Nascida no Conde, cidade litorânea a 200 km de Salvador, Iza é filha de um baiano do interior com uma filha de imigrantes italianos, que se tornou sua primeira referência na pintura. "Consta a lenda que meu avô era um anarquista que precisou fugir para o Brasil", diz a artista.
Na escola primária, quando observou ter feito algo original, foi "rejeitada em prol de uma cópia". Da experiência, surgiu uma lição de vida. "Notei que as pessoas trocam arte em favor dos cânones.
Por isso, seguir o próprio caminho é perigoso. Tudo que foge do lugar comum não é suportado. E sair do banal implica numa série de riscos, comerciais e conceituais".
Nenhum comentário:
Postar um comentário